Todos os dias da minha vida eu sinto medo.
E ele já parte tão cotidiana de mim, que há tempos ele deixou de incomodar para começar a me policiar.
Aprendi a conviver com o medo e tentar trazê-lo para o meu lado senão como um amigo, como um grande conselheiro.
Ele me diz o que dá e o que não dá.
Ele me diz para confiar ou desconfiar.
Ele me diz ter medo de cair e ir com calma no caminho.
Ele diz quando delo aguçar o faro e ter cautela para continuar.
Apesar de cotidiano, tem dias que o medo vira pânico.
Nada pode ser maior que o meu medo de decepcionar.
Medo de não atingir as expectativas e, tem dias, quando estou um pouco mais exigente comigo mesma, medo de não superá-las.
Tenho medo de ver o que eu prometi algum dia indo ao longe, para sempre, sem conseguir alcançar. Medo de falhar.
Tenho medo do amanhã distante, da frustração e das provações que talvez não venham.
Tenho medo do hoje morno, do “achei que era mais não é”. Do deixar de ser mais para ser ok.
Coragem para prosseguir e para acreditar.
Que na vida, o ruim não é ter medo. O ruim é deixar de realizar.
2 comentários:
Muito bom! Parabéns!!
Belíssimo.
Me encontrei nesse texto.
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