quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Não sou aquela que toca o violão ou canta a melhor música. Tão pouco aquela que faz as imitações e arranca gargalhadas na nossa roda de amigos. Se não reparar de direito, é capaz de nem me notar. Sou aquela normal, normalzinha de tudo, sentada um pouco mais distante, mexendo os lábios na hora do refrão e rindo de canto de boca das piadas que ninguém ouviu.

Não sou aquela que todos vêem quando chegam. Nem a que mais se veste na moda. Sou só aquela que respeita as cores, os movimentos e os olhares, desviando de alguns quando se encontram perdidos. Sou aquela que sorri primeiro de todo mundo, mas abaixa a cabeça para que poucos vejam. Sou aquela que entre retas escolhe a curva, entre as límpidas, escolhe as turvas. Sou a que se escondeu do mundo até encontrar você.

E aí que você apareceu.
Com palavras caladas, poesias cantadas e um sotaque bem meu, se só eu sei reconhecer.
Você me leu. Me despiu. Me rendeu. Me escreveu.
Transformou a minha prosa em rimas bem pequenas  e foi construindo com elas um reino.
Você virou meu vício, minha doença, minha redenção.


E se você quiser e, puder acreditar, posso pouco te oferecer.
uns livros surrados, uns poemas manjados, umas gotas de bem querer.
Se você quiser e puder. E puder se quiser.
Posso chegar devagar em cada palavra.
Sentar no canto esquerdo como sempre faço e ali ficar, até a ultima rima morrer.

Só sendo eu. Só sendo parte de você.

sexta-feira, 9 de março de 2012

só para eu lembrar no futuro e ficar com uma pontinha de orgulho.
http://www.youtube.com/watch?v=RLZ4muurnbM

Esse texto não é sobre nada, nem ninguém.
Sou apenas eu, tentando ser eu nos últimos 15 minutos da minha vida, sem ser Mix.

Anteontem, minha mãe me ligou meio triste, falando que estava com saudade e que estava sentindo que eu estava me afastando da família. Dizia ela que eu não atendia mais telefonemas porque estava sempre em reuniões, não falava mais com eles porque estava sempre preocupada com outras coisas, tinha trocado de prioridades e, pelo visto, tinha optado por outra família.

O ponto é, mágoas a parte (porque isso é outra coletânea de palavras e sentimentos) minha mãe está bem certa. Tenho dado tanta prioridade as pessoas da Mix que qualquer coisa que acontece aqui dentro, qualquer palavra atravessada que rola, qualquer dito pelo não dito, me deixa triste e magoada. E esse fenômeno de familiarização vem acontecendo não só comigo, mas com muitas pessoas, fazendo com que, dia após dia, isso aqui vire um caldeirão de emoções.

Emoção essa que, lá no fundo, deixa a gente (sim senhores, incluindo eu mesma e eu admito) meio egoístas, achando que faz mais pelos os outros do que os outros fazem por elas.
Pessoas que acham que as outras são “as grossas”, mas “elas” nunca!
Pessoas que tem a certeza que as outras são “as folgadas” mas, “elas" jamais!
Gente que tem a certeza que são sempre as “mais” quando mais é bom e as “menos” quando menos é melhor ainda.

E quando eu tava pensando nisso, percebi que se todo mundo pensasse assim o problema estava resolvido porque bastava se colocar no lugar do outro 10 minutinhos para perceber que não somos perfeitos e que também cometemos erros.

E me veio uma paz, sabe? Uma sensação de dever cumprido, sabe?

E... tá vendo?!?
Tô eu de novo sendo mais e todos os outros sendo menos de novo como todo mundo sempre e sempre...

É... foi uma longa noite.
Deixa pra lá, é só trabalho!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Retalhos
Eu sempre fui de escrever assim: sem compromisso.
Vou percorrendo o mundo como uma grande folha em branco, rabiscando uma palavra aqui, outra ali, costurando, de ponto em ponto, a minha própria colcha de retalhos.

Uma palavra aqui, outra ali, com uma rima no meio para dar a liga de um soneto.
Gosto do estilo livre de escrever, de criar a minha própria moda, meu próprio figurino.
Não precisa fazer sentido, precisa apenas cair bem.
Não tem que ser alinhado, afinal, não é uma costura profissional.
Tem meu número, meu tamanho, minha medida certa.
E como ele tem.

O problema é que, as vezes. me sinto descoberta.
A colcha de retalhos parece que nunca vai ficar pronta.
Formar aquele um retângulo grande e conciso.

Não é raro eu perder um texto, como quem perde uma agulha.
Não é raro eu errar um ponto e recomeçar de novo a costura.
Não é raro eu me esquecer onde está aquele retalho que já foi cortado, mas perdido em meio a tantos restos sem valor.

Como eu queria sair da costureira de esquina para a estilista de Paris.
Mas talvez ainda me falte um pouco de técnica e calos nos dedos...
Eu sei que vou chegar, mas até lá, ficarei por aqui
Colecionando modelagens e brincando de não passar frio...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012























Faz quarto anos que você entrou na minha vida.
Ainda lembro do primeiro dia.
Você era tão miúdo, mas tão cheio de personalidade.
No meu colo, você se contorcia e foi somente minutos depois que percebi que vc fazia isso por causa da dor.
Cuidei de você e você, desde sempre e como poucos, demonstrou gratidão e devoção eterna a mim…
De lá pra cá, todos os dias você me olha nos olhos e me faz pensar que sou especial. Todos os dias, você me sorri e colori minha vida. Todos os dias você se enrosca em mim e afaga meu coração.
Falar de você me emociona a alma e sabe o porquê?! Porque lá no fundo, sei que não mereço o tamanho do seu carinho, sei que não mereço seu coraçãozinho disparado, sei que não mereço tanta festa ao abrir a porta, sei que é muito difícil imaginar que você gosta de mim só por eu existir.
Quem não tem você (ou alguém como você) na vida, não consegue entender o quanto você me completa e me faz parecer uma pessoa diferente.
Só o que eu quero que você saiba, meu filho, é que se existisse uma forma de te falar, assim, na sua lingua, o quanto eu gusto de você, eu correria céus e terras para alcançar.
E, como não tem, espero que você entenda apenas que o meu silêncio ao seu lado é para tentar encontrar palavras para demonstrar a minha gratidão por me fazer eu me sentir, sem dizer uma única palavra, a melhor e maior pessoa desse mundo.
Te amo, meu Biscoito!!!
Feliz Aniversário.